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sábado, 12 de maio de 2012

Uso de Ácidos X Envelhecimento da Pele

Com a chegada do inverno aumenta – se a procura de tratamentos estéticos como os peelings para melhorar a textura da pele, atenuar manchas e linhas de expressão.
Há quem diga que o uso dos ácidos usados à longo prazo para o rejuvenescimento da pele estariam ao contrário do que prometem, provocando o seu envelhecimento, pois como os ácidos deixam a pele mais fina, a mesma estaria mais vulnerável à ação dos raios ultravioletas do sol, principal responsável pelo envelhecimento cutâneo.
Não há dúvidas de que os tratamentos realizados com ácidos deixam a epiderme (camada superficial da pele) mais fina e a pele mais sensível à radiação solar. Porém, quem realiza um tratamento com estes tipo de produtos é sempre orientado a utilizar os filtros ou bloquedores solares com alto fator de proteção constantemente, a fim de proteger a pele dia a dia.
A melhor forma de prevenir o envelhecimento cutâneo é com o uso do filtro solar que deve se iniciar na infância. Para aquelas pessoas que já sofreram a ação do sol e apresentam sinais de envelhecimento, o uso de alguns ácidos em forma de géis, cremes ou loção, podem a médio ou longo prazo reverter os efeitos do envelhecimento.
Produtos que contém ácido retinóico, glicólico, adapaleno ou outros alfahidroxiácidos são utilizados para melhorar o aspecto da pele envelhecida.
Os ácidos provocam a renovação celular, uniformizam a superfície cutânea, atenuam manchas e linhas de expressão e estimulam a produção de colágeno e elastina, promovendo a melhora da elasticidade da pele, tornando – a mais rejuvenescida.
Os melhores resultados são atingidos com cerca de 6 meses a 1 ano de tratamento, mas os sinais de melhora já podem ser observados logo nos primeiros meses, e o tratamento mantido ao longo dos anos para a permanência dos resultados.
No entanto, essas substâncias devem ser utilizadas com cautela, pois podem acarretar efeitos contrários se usadas de forma errada. Antes de se iniciar um tratamento deve - se procurar um profissional capacitado para indicar o tipo de produto e a concentração adequada ao seu tipo de pele.
  

domingo, 6 de maio de 2012

Incontinência Fecal e Anal

A incontinência fecal ou falta do controle do esfíncter (orifício anal) é a perda involuntária de fezes sólidas e líquidas, enquanto o termo incontinência anal inclui a perda involuntária de gases, associada ou não a perda de fezes.
Uma boa continência anal é caracterizada pela capacidade de perceber, armazenar, e evacuar, eficientemente e sem dificuldade, o conteúdo retal em local e momento convenientes.
Essa continência ou retenção é mantida por um complexo de músculos especializados em fechar o reto (músculos do assoalho pélvico) e a ampola retal (esfíncter anal interno e externo).
As mulheres apresentam maior risco para incontinência fecal por conta do relaxamento esfincteriano na ocasião do parto, gravidez, idade avançada, pois normalmente afeta pessoas acima de 40 anos.
Alguns tipos de lesões no assoalho pélvico (como no parto ou lesões medulares) podem afetar a sensibilidade no mecanismo de percepção do enchimento da ampola retal e acabar tendo dificuldade em reter as fezes (líquidas ou sólidas) ou gazes.  
A Fisioterapia Uroginecológica é apontada como procedimento de primeira escolha no tratamento da incontinência fecal ou anal, podendo evitar ou até mesmo postergar o processo cirúrgico.
O tratamento de reeducação muscular e sensitiva pode ser feito através de técnicas manuais, uso do balonete, cones vaginais, biofeedback, eletroterapia uroginecológica e outras técnicas, de acordo com cada causa.
É importante que o tratamento seja feito por um fisioterapeuta especializado na área, pois fortalecer um esfíncter quando a musculatura do assoalho pélvico está enfraquecida pode piorar o problema, assim como fortalecer uma musculatura que tem dificuldade para relaxar também é o caminho inverso.
Após uma cirurgia ou para casos de incontinência fecal onde não há lesão total dos nervos correspondentes, a fisioterapia apresenta resultados bastante satisfatórios, podendo regredir a incontinência em até 100%.
Converse com seu médico e venha nos procurar.



Prolapsos ou Distopias Genitais

Os órgãos genitais internos da mulher (útero, bexiga) estão contidos dentro de uma cavidade pélvica. A cavidade pélvica não tem ossos fechando o seu fundo (para que seja possível se formar o canal do parto). Quem fecha o fundo da cavidade pélvica é um sistema formado por um conjunto de músculos, fáscias e ligamentos chamados de assoalho pélvico. 
Os órgãos pélvicos são sustentados por ligamentos que unem – se aos ossos da pelve. Quando sobrecarregados, esses ligamentos microlesionam – se e podem vir a se romper, desconectando os órgãos da sua localização de origem. Estes então descem, empurrando a parede vaginal para fora (como que virando – a pelo avesso), chamado então de prolapso ou distopia genital .   
Os prolapsos podem ser de útero ou de bexiga (quando um desses dois é empurrado para fora do canal vaginal), ou de uretra, reto, ou vagina (quando a musculatura perde a sustentação e é “virada pelo avesso”).
O tipo mais comum de prolapso é o de bexiga, a popular bexiga caída, onde a bexiga perde a sustentação e fica exposta através do canal vaginal.
A sensação que as mulheres relatam é que existe “algo descendo” ou “puxando para baixo” nos arredores internos do canal vaginal, situação não muito precisa, podendo ser acompanhada de dor ou não.
Quando a musculatura do assoalho pélvico está enfraquecida acontece o que chamamos de prolapso transitório. Durante aos esforços como tossir, espirrar, ou agachar a pressão intra - abdominal aumenta e empurra os órgãos pélvicos para baixo, fazendo com que ele saia temporariamente.
Nesses casos, por serem iniciais, a Fisioterapia Uroginecológica trabalha o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico através de exercícios de coordenação motora (associados a eletroterapia uroginecológica e cones vaginais) e ginástica hipopressiva, que podem muito melhorar o grau do prolapso genital e prevenir a piora da situação.
Converse com seu médico e venha nos procurar.  

Dismenorréia ou Cólica Menstrual

A Dismenorréia também conhecida como cólica menstrual, é uma dor pélvica que ocorre antes ou durante o período menstrual e que afeta cerca de 50% das mulheres em idade fértil. Pode ser primária ou secundária, dependendo da existência ou não de alterações estruturais do aparelho reprodutivo.
A dismenorréia primária é aquela que ocorre sem que haja lesões nos órgãos pélvicos. Geralmente, ocorre nos ciclos menstruais normais e logo após as primeiras menstruações na adolescência, podendo cessar ou reduzir significativamente quando a mulher atinge a faixa dos 20 e poucos anos. Em alguns casos isso só ocorre após a gestação. É causada pelo aumento da produção de prostaglandinas (mediadores inflamatórios) pelo útero, que provocam contrações uterinas dolorosas.
A dismenorréia secundária está relacionada a alterações do sistema reprodutivo, que podem ser endometriose, miomas uterinos, infecção, anormalidades na anatomia do útero ou da vagina de origem congênita. Outra causa da dismenorréia secundária pode ser o uso de dispositivo intrauterino (DIU) como método anticoncepcional.
A cólica associada com a dismenorréia geralmente começa poucas horas antes de iniciar o sangramento e pode continuar por alguns dias. A dor geralmente é descrita como sendo na porção inferior do abdômen, possivelmente se irradiando para as pernas e região lombar.
O tratamento clínico da dismenorréia inclui a identificação e o tratamento das causas da dor, utlizando geralmente os analgésicos, antiespamódicos, anticoncepcionais e os anti – inflamatórios não – esteroidais (inibidores das prostaglandinas) que podem ser úteis no alívio da dor.
A Fisioterapia Uroginecológica é outra possibilidade de tratamento que inclui técnicas manuais, eletroterapia uroginecológica para alívio da dor (Tens, Corrente Interferencial, Dualpex) e exercícios específicos de alongamento para promover o relaxamento das estruturas pélvicas.
Converse com seu médico e venha nos procurar.     

Endometriose

A endometriose é a implantação de células do endométrio (camada interna do útero) fora do útero, ou seja, pedaços de tecido que reveste o útero, ao se desprenderem durante a menstruação, vão para o exterior do útero pelas tubas uterinas. Estas células são responsáveis pela descamação uterina durante a menstruação pela ação hormonal. Quando esse foco endometrial se instala em uma região que não deveria e descama durante a menstruação, promove um processo inflamatório, consequentemente, dor. Entretanto, há mulheres que não apresentam quaisquer dores, outras apresentam dificuldades para engravidar (40 a 50%), se o foco estiver no ovário ou impedir a passagem pela tuba uterina.
É considerada uma doença da mulher moderna, atingindo cerca de 10-15% das mulheres entre 20 e 40 anos e de 5 a 15% em idade reprodutiva.
Os sinais e sintomas são: dor muito forte durante a menstruação (dismenorréia) aumentando a cada ciclo menstrual, dor pélvica crônica que piora na fase pré-menstrual e menstrual e incapacidade funcional (de realizar as atividades do dia-a-dia) devido dor intensa levando a queda da qualidade de vida. Com o agravamento do quadro as dores podem se tornar acíclicas, ou seja, fora do ciclo menstrual, além de dispareunia profunda (dor na relação sexual no fundo da vagina).
A sexualidade da mulher com endometriose devida as próprias características da doença, que causa dores pélvicas constantes, pode comprometer seus relacionamentos e sua auto-estima.
Inicialmente, a paciente começa a ter cólicas menstruais muito fortes, deixando toda a pelve muito sensível e dolorida, fato que prejudica as relações sexuais. Como o quadro é progressivo e a aderência entre os órgãos pélvicos vai se tornando cada vez mais freqüente, as limitações quanto às posições, a dificuldade de obter orgasmo e, por fim, a própria libido, tende a sofrer graves prejuízos.
Visando a melhora da qualidade de vida das mulheres e das dificuldades apresentadas, a fisioterapia é uma alternativa prática para o tratamento dos sinais e sintomas apresentados.
A Fisioterapia Uroginecológica tem o objetivo de minimizar a dor através da elevação da liberação de endorfinas com exercícios específicos direcionados, relaxamento da musculatura da pelve, desenvolver posturas antálgicas (postura adotada com o intuito de reduzir a dor), desfazer o ciclo “tensão-dor-tensão”. Para tanto, podem ser utilizados os seguintes recursos: eletroterapia uroginecológica, cinesioterapia, massagem, terapia manual, terapias posturais, crioterapia e termoterapia. A fisioterapia não tem poder curativo no tratamento da endometriose, no entanto, pode minimizar os sinais e sintomas apresentados, melhorando sua qualidade de vida.

terça-feira, 1 de maio de 2012

Dor Pélvica Crônica

A dor pélvica crônica é definida como a dor que ocorre na região pélvica inferior (baixo ventre), abaixo do umbigo, e que dura no mínimo 6 meses ou mais. Pode ou não estar assoaciada aos ciclos menstruais. A dor pélvica não é uma doença, e sim um sintoma, que pode ser causado por diferentes condições.
As causas ginecológicas correspondem a dor pélvica crônica em cerca de 20% das mulheres, e incluem: endometriose, doença inflamatória pélvica crônica, miomas uterinos, dispareunia (dor no ato sexual), aderências pélvicas, desminorréia (menstruação dolorosa).
Outras causas relacionadas ao sistema urinário incluem: cistite intersticial (síndrome da bexiga dolorosa), litíase (renal, uretral e da bexiga), uretrite e retenção urinária.
Os músculos do assoalho pélvico podem em algumas ocasiões tornar – se encurtados, tensos e dolorosos, sendo chamados de disfunção do assoalho pélvico.
O assoalho pélvico inclui músculos que se ligam aos ossos da pelve e sacro. Normalmente, esses músculos tem a função de dar suporte aos órgãos pélvicos e ao quadril. Quando alterados, podem desencadear a dor pélvica, dor ao urinar, constipação e dor durante a relação sexual.
A Fisioterapia Uroginecológica é frequentemente útil para mulheres com os músculos pélvicos dolorosos e tensos. Este tipo de fisioterapia visa diminuir a tensão nesses músculos, sendo o tratamento direcionado para os músculos do assoalho pélvico, quadril, quadríceps, e região lombar baixa.   
O tratamento fisioterapêutico na dor pélvica tem como objetivo o alívio da dor, a correção das alterações musculoesqueléticas e a melhora da qualidade de vida. Para isso existem diversos recursos terapêuticos, tais como: terapia manual, eletroterapia uroginecológica, exercícios respiratórios, exercícios de movimentação do quadril, relaxamento e alongamento muscular.
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Vaginismo

O vaginismo é um tipo de dor sexual na qual a mulher não consegue abrir o intróito vaginal para a penetração do pênis, ou do absorvente interno, ou do dedo, mesmo que a mulher deseje essa penetração.
Sua característica principal é a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, impossível de controlar, que acaba “fechando” a entrada do canal vaginal mesmo que a mulher esteja se esforçando para relaxar.
Existem 2 tipos de graus de vaginismo. O tipo primário acontece quando a mulher nunca conseguiu ter uma relação sexual com penetração. No secundário a mulher conseguia ter relação normal até que, por algum motivo, algum trauma acabou ocasionando o vaginismo.
Basicamente o tratamento para os dois tipos de vaginismo consiste em psicoterapia e fisioterapia especializada, com exercícios de conscientização perineal e coordenação motora da musculatura do assoalho pélvico.
O tratamento do vaginismo está relacionado ao conhecimento corporal e consciência do assoalho pélvico, a elasticidade da entrada do canal vaginal, e a coordenação muscular perineal, neste caso, da musculatura do assoalho pélvico e, em casos mais severos, das musculaturas das coxas, glúteos e outras estruturas relacionadas.
A massagem perineal também pode ser útil nos trabalhos de dessensibilização e no aumento da elasticidade da entrada do canal vaginal.
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Dispareunia

A dispareunia é um transtorno sexual caracterizado pela sensação de dor genital durante o ato sexual, mas pode estar presente também antes ou depois do intercurso.
As mulheres podem descrever a dor como uma sensação superficial ou até mesmo profunda, e a intensidade pode variar de um leve desconforto até uma forte dor aguda. É mais freqüente do que se pensa, podendo atingir até 50% das mulheres com vida sexual ativa.
A dispareunia pode levar a rejeição do ato sexual trazendo conseqüências graves para o relacionamento atual e comprometimento dos futuros, diminuindo o desejo em diversos graus.
Pode ser causada por fatores orgânicos e/ou psicológicos, entre eles:
Fatores Orgânicos: infecções genitais (candidíase, tricomoníase), doenças da pele na região genital (psoríase, foliculite), DSTs, infecção ou irritação do clitóris, infecção ou irritação urinária.
Fatores Psicológicos: dificuldade em entender e aceitar a sexualidade de uma maneira saudável, crenças morais e religiosas muito rígidas, educação repressora, medo e tabus irracionais quanto ao contexto sexual, falta de desejo em fazer sexo com o parceiro, medo de machucar o bebê quando durante a gestação, falta de informação, traumas infantis relacionados a sexualidade, sentimento de culpa na vivência da sexualidade.
A maior conseqüência desses fatores é a ausência da lubrificação vaginal, que dificulta a relação sexual, provoca dor e impede que a mulher sinta prazer, não chegando ao orgasmo.
A Fisioterapia Uroginecológica tem como objetivo melhorar as condições de lubrificação vaginal e promover um relaxamento do assoalho pélvico. Inicia – se com uma orientação educativa sobre a anatomia genital, técnicas de liberação miofascial, biofeedback, eletroterapia para o alívio da dor e redução da hipersensibilidade, uso de cones vaginais e fortalecimento muscular.
Com o tratamento as relações sexuais são mantidas sem a presença da dor, além de prevenir problemas como incontinências urinárias, prolapsos genitais (queda do útero, bexiga) e flacidez pós – parto.
Converse com seu médico ginecologista e venha nos procurar.

Disfunção Erétil X Câncer de Próstata

O câncer de próstata é a malignidade mais comumente encontrada em homens e se manifesta geralmente a partir dos 50 anos. É curável, na maioria dos casos, e responde muito bem ao tratamento quando detectado precocemente, podendo ser os indivíduos submetidos à cirurgia de prostatectomia radical.
A prostatectomia radical é a alternativa terapêutica mais utilizada no tratamento do adenocarcinoma de próstata localizado, porém, mesmo com o avanço da técnica cirúrgica de preservação nervosa e a experiência dos cirurgiões, a agressividade da cirurgia demonstra que 20% a 90% dos pacientes submetidos à prostatectomia radical desenvolvem a disfunção erétil, além da incontinência urinária.
O treinamento funcional do assoalho pélvico é um método de contração específica dos músculos do assoalho pélvico, principalmente dos músculos isquiocavernoso e bulbocavernoso, que são ativados durante a ereção e realçam a rigidez.
A realização dos exercícios pélvicos fornece métodos não invasivos e fáceis de executar, podendo ser considerada como a primeira opção de tratamento para a reabilitação sexual sem intervenções farmacológicas ou cirúrgicas.
Existem resultados positivos após o programa de reeducação do assoalho pélvico para alguns homens que apresentam disfunção erétil, porém, os exercícios devem ser corretamente aplicados e praticados no mínimo durante 3 meses, sendo feita a manutenção do tratamento durante toda a vida.
Entretanto, não são todos os homens que apresentam a perda da função erétil após a prostatectomia que podem fazer uso do treinamento da musculatura do assoalho pélvico com benefícios, sendo excluídos, por exemplo, os que foram submetidos à secção nervosa bilateral na cirurgia e outros fatores de risco para o retorno da ereção, como a doença de Peyronie, diabetes mellitus, alterações cardiovasculares e uso excessivo de álcool.
Portanto, a fisioterapia deve intervir precocemente na reabilitação do paciente prostatectomizado que apresenta a disfunção erétil, utilizando o treinamento funcional do assoalho pélvico associado à eletroestimulação e aos exercícios domiciliares orientados por um fisioterapeuta especializado.
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