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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Incontinência Urinária Masculina X Prostatectomia

A incontinência urinária é um problema que atinge 5% da população masculina em todo o mundo. Nos homens, na maior parte dos casos, está relacionada com a cirurgia de retirada da próstata ou em alguns casos, em indivíduos que fizeram a ressecção transuretral. Há perda de urina durante os esforços físicos como tossir, realizar exercícios, mudar de posição, rir, espirrar.
A porção da uretra que passa dentro da próstata é retirada juntamente com a mesma. Nesta porção encontra-se uma grande quantidade de músculo que promove o fechamento da uretra durante o enchimento da bexiga (esfíncter interno uretral ou músculo interno da uretra) comprometendo a continência após a cirurgia.
No pós-operatório é necessário que o paciente permaneça cerca de duas semanas sondado até que a uretra cicatrize. Neste período os músculos externos da uretra podem diminuir sua força de contração comprometendo também a continência.
Espera-se que as perdas urinárias diminuam ou cessem com o passar do tempo, contudo, isso não acontece em muitos homens. É importante que os homens sejam encaminhados para reabilitação dos músculos do assoalho pélvico para que o retorno da continência seja o mais rápido possível. Algumas intercorrências podem agravar o quadro de incontinência como por exemplo, a obstrução da uretra  no pós-operatório (há necessidade de dilatação uretral).
A função sexual também é comprometida  (51-96% dos casos) devido a lesão dos nervos que promovem o suprimento de sangue para o pênis. Os médicos geralmente advertem os pacientes sobre este risco no pós-operatório, contudo as técnicas mais recentes permitem a preservação destes nervos quando o tumor é localizado.
Alguns homens conseguem no período de um ano o retorno da função erétil. Vale salientar que a cirurgia não retira a capacidade do homem de ter orgasmo (prazer) embora não haja ejaculação devido a retirada da próstata e da vesícula seminal (ambas produzem o líquido seminal).
Se você tem algum problema de incontinência é importante procurar orientação médica. O urologista é o médico especialista nos distúrbios da bexiga e uretra. Existem várias alternativas de tratamento para a incontinência urinária como medicamentos, injeções periuretrais, clamp peniano, toxina botulínica e a Fisioterapia.  
Os recursos terapêuticos usados pela Fisioterapia do Assoalho Pélvico são indicados no tratamento da Incontinência Urinária de Esforço Pós- Prostatectomia. A reeducação dos músculos do assoalho pélvico reduz significativamente o vazamento de urina.
Inclui também o tratamento comportamental que são as mudanças nos hábitos de vida diários, alimentação e controle hídrico que podem ser úteis para auxiliar o tratamento da IU.
O seu médico ou fisioterapeuta lhe orientará sobre quais procedimentos serão adequados para seu caso.

Prostatectomia

Prostatectomia é a remoção cirúrgica parcial ou total da próstata. É realizada em casos de tumores (câncer de próstata) ou quando a próstata se torna muito grande (hiperplasia prostática benigna) a ponto de restringir a passagem da urina através da uretra.
A hiperplasia prostática benigna (HPB) é uma doença cuja incidência aumenta com a idade e pode causar sintomas como micção freqüente, jato urinário fraco e micção noturna.
A cirurgia pode ser realizada através de duas vias diferentes: por via transuretral ou por via suprapúbica.
A prostatectomia transuretral é realizada com um cistoscópio que é introduzido através do meato uretral externo, situado na extremidade do pênis até à próstata. Por intermédio deste instrumento cortante procede-se à raspagem do tecido prostático em excesso. Nas prostatectomias por esta via os sintomas do paciente desaparecem, a recuperação é rápida e pouco ou nada dolorosa. Por vezes pode ser necessário repetir a intervenção se voltar a haver novo crescimento da próstata e recorrência dos sintomas.
Na intervenção suprapúbica é realizada uma incisão abdominal por onde é extraída a próstata. Este tipo de acesso tem um pós-operatório mais doloroso e uma recuperação mais lenta. A recuperação completa ocorre mais ou menos ao fim de 3 semanas. Recomenda-se evitar a ingestão de café, coca-cola e bebidas alcoólicas que podem provocar a irritação da bexiga e da uretra.
Algumas das complicações que podem ocorrer após o procedimento cirúrgico da retirada da próstata são:
  • incontinência urinária transitória ou não
  •  disfunção erétil ou impotência (alteração da capacidade de ter ou manter uma ereção)
  • infertilidade  
  • ejaculação retrógrada (passagem de esperma para a bexiga durante a ejaculação)
O procedimento cirúrgico é realizado por um médico urologista e o tratamento fisioterapêutico realizado por um especialista da área pode tratar as alterações pós – cirúrgicas tais como a incontinência urinária masculina e a disfunção erétil em alguns casos.
Converse com seu médico e venha nos procurar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Entrevista publicada no Jornal Panorama

A fisioterapia em Uroginecologia vem ampliando a sua atuação na prevenção, promoção e tratamento da saúde feminina e masculina, como nas disfunções urinárias e sexuais. A fisioterapeuta Juliana Alves respondeu algumas perguntas a respeito desse trabalho:

1 O que é incontinência urinária? Ela está presente somente em mulheres?
- A incontinência urinária é a perda involuntária de urina decorrente de esforços como tossir, espirrar, rir, realizar atividade física ou daquela urgência de ir ao banheiro e perder urina antes de chegar ao vaso sanitário, presente também em homens que passaram pela cirurgia de retirada da próstata.

2 Quais os fatores que levam as pessoas à apresentarem a perda urinária?
- A perda urinária pode ocorrer em pessoas de idade avançada, gestantes, alterações hormonais, obesidade, em atividades de alto impacto, com falha no armazenamento e esvaziamento da bexiga ou traumas na região do períneo ou do assoalho pélvico.

3 Juliana, qual a forma de tratamento que a fisioterapia vai utilizar para esses casos? Você poderia nos explicar o procedimento?
- A fisioterapia vai verificar o que está causando essa perda e irá trabalhar na restauração da função dos músculos do assoalho pélvico por meio das técnicas de treinamento muscular, eletroestimulação e terapia comportamental, reduzindo o período de incontinência urinária, melhorando dessa forma, a qualidade de vida do paciente. 

4 O tempo de tratamento é longo? Demora – se para obter um bom resultado?
- A partir de uma avaliação e da definição do tratamento proposto a fisioterapia requer de 5 a 20 sessões distribuídas em 2 ou 3 vezes por semana, lembrando que cada indivíduo é tratado de acordo com o seu diagnóstico. Entre as vantagens estão o baixo custo e a ausência de efeitos colaterais da terapia medicamentosa.

5 Você falou a respeito do tratamento nas disfunções sexuais. Muitas pessoas sofrem nessa área e acabam se conformando com a situação ou por vergonha ou por acharem a sua condição normal. Como uma pessoa sabe que o que ela apresenta é uma alteração e pode SIM ser tratado?
- A disfunção sexual é uma perturbação no ciclo de resposta sexual, como por exemplo, no desejo, na excitação ou no orgasmo, podendo ocorrer por meio do vaginismo (contração involuntária da vagina) e da dispareunia (dor durante a penetração na relação sexual). A fisioterapia possibilitará maior percepção corporal e a melhora do tônus dos músculos do assoalho pélvico ensejando a maior satisfação no desempenho sexual.    


Juliana Alves
Fisioterapeuta Especialista em Uroginecologia e Obstetrícia

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Fototerapia por Diodo

A Fototerapia por Diodo é indicada para o tratamento da acne, clareamento das manchas e rejuvenescimento facial. Bastam de 3 a 5 minutos de aplicação na região afetada que a BLUE LED (470nm) auxilia na redução da acne e das manchas. A RED LED (640 nm) favorece o rejuvenescimento facial, a tonicidade da pele, minimizando as linhas de expressão. Já a YELLOW LED (590nm) promove a desintoxicação e a drenagem da pele, tendo efeito calmante nos casos de vermelhidão causada pela rosácea.
Possui os efeitos fisiológicos de Fotoestimulação, Fotoregeneração e Dermotonificação.
A Fototerapia por LEDs atinge as camadas mais profundas da pele transportando energia para as células através de irradiação eletromagnética de baixa freqüência. A Fototerapia não é invasiva nem ionizável, não emite raios UV, não causa aumento da temperatura da superfície da pele (epitélio), permitindo assim um resultado gradativo, seguro e indolor. Após o seu uso, podem ser associadas outras técnicas de tratamentos estéticos.
Pode ser realizada de 1 a 3 vezes por semana com duração de 15 a 30 minutos por sessão, com média de 10 a 20 aplicações.

Conceitos:
Diodo é um componente eletromagnético composto de um cristal semicondutor de silício envolto numa película cristalina que quando submetido a uma corrente elétrica emite luz (energia).
A energia emitida por cada cor é medida pelo comprimento de onda de emissão (distancia entre 2 pontos atingida pela radiação eletromagnética). Nanômetro (nm) é uma unidade de comprimento, usada para medir o comprimento da onda de luz visível (que pode ir de 400 nm a 700 nm).